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Tiro esportivo nas Olimpíadas: história, regras e medalhistas brasileiros

21 MAR 2025

O tiro esportivo é uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Olímpicos, tendo sido incluído na primeira edição da Era Moderna, em 1896. Desde então, esteve presente em todas as edições, exceto em 1904 e 1928.

O esporte passou por diversas mudanças ao longo dos anos, incluindo ajustes no regulamento, a inclusão de competições femininas e a ampliação das modalidades. Atualmente, a disputa conta com 15 provas divididas em três categorias principais: pistola, carabina e tiro ao prato.

O Brasil tem uma trajetória importante no tiro esportivo olímpico, já que esse foi o primeiro esporte a trazer medalhas para o país. A conquista de Guilherme Paraense, Afrânio da Costa e da equipe brasileira em 1920 marcou o início dessa história. Saiba mais neste artigo da loja Utah Gun Store, de Alta Floresta D'Oeste (RO). 

A evolução do tiro esportivo nas Olimpíadas

A prática do tiro esportivo remonta às competições de tiro ao alvo realizadas nas cortes europeias do século XV e às disputas de caça nos Estados Unidos. Com a criação de clubes de tiro no século XIX, o esporte ganhou estrutura e reconhecimento internacional.

O Barão de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos modernos, era um grande entusiasta do tiro esportivo, o que garantiu sua presença na primeira edição dos Jogos, em Atenas 1896. Na ocasião, foram disputadas cinco provas, todas exclusivas para homens, com a Grécia dominando as premiações.

Apenas em 1968 as mulheres passaram a competir em disputas mistas, e somente em 1984 foram criadas categorias exclusivamente femininas. O formato das competições foi ajustado diversas vezes ao longo dos anos até chegar às 15 modalidades atuais.

Um episódio polêmico ocorreu nos Jogos de Paris 1900, quando foi realizada a modalidade de tiro ao pombo vivo, resultando na morte de centenas de aves. A repercussão negativa fez com que a prova fosse substituída pelo tiro ao prato, com pratos de argila.

O Brasil no tiro esportivo olímpico

Um dos momentos mais importantes para o tiro esportivo olímpico ocorreu nos Jogos de 1920, na Antuérpia, quando o Brasil conquistou suas primeiras medalhas olímpicas. Afrânio da Costa ganhou a prata na pistola livre calibre .22, enquanto Guilherme Paraense levou o ouro na pistola rápida calibre .38, marcando a primeira medalha de ouro do Brasil na história olímpica. O time brasileiro também garantiu um bronze na pistola livre por equipes.

Após um longo período sem medalhas na modalidade, o Brasil voltou ao pódio olímpico nos Jogos do Rio 2016, quando Felipe Wu conquistou a prata na pistola de ar 10 metros. Esse feito reacendeu o interesse pelo tiro esportivo no país e incentivou uma nova geração de atletas a ingressarem na modalidade.

As modalidades do tiro esportivo olímpico

O tiro esportivo nos Jogos Olímpicos é dividido em três grandes categorias, com provas que variam em distância, tipo de arma, número de disparos e posturas exigidas dos atletas.

Pistola

As provas de pistola exigem alta precisão, com os atiradores utilizando apenas uma mão para disparar. São disputadas nas distâncias de 10 e 25 metros.

  • Pistola de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista): O alvo tem 15,5 cm de diâmetro, sendo o centro com apenas 11,5 mm. Os homens realizam 60 disparos em 1h45, enquanto as mulheres fazem 40 disparos em 1h15.

  • Pistola 25 metros (feminino): Exclusiva para mulheres, combina disparos de precisão e velocidade em um total de 60 tiros.

  • Pistola de tiro rápido 25 metros (masculino): Com pistolas calibre .22, os atiradores devem acertar cinco alvos a 25 metros, em sequências que reduzem gradativamente o tempo de resposta.

Carabina

As provas de carabina exigem alto controle corporal e são disputadas em diferentes posturas e distâncias.

  • Carabina de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista): Os atiradores utilizam carabinas de ar comprimido para acertar alvos de 4,5 cm de diâmetro.

  • Carabina 3 posições 50 metros (masculino e feminino): A competição inclui disparos nas posições de pé, ajoelhado e deitado. Os homens realizam 40 tiros por posição e as mulheres 20.

Tiro ao Prato

Diferente das categorias anteriores, disputadas com alvos fixos, o tiro ao prato desafia os atiradores a acertar pratos de argila lançados no ar.

  • Fossa Olímpica (masculino, feminino e equipe mista): Os competidores disparam contra pratos lançados aleatoriamente em diferentes ângulos e velocidades.

  • Skeet (masculino e feminino): Os atiradores devem acertar pratos lançados de torres opostas que se cruzam em um ponto central, exigindo reação rápida e precisão.

Conclusão

O tiro esportivo é uma modalidade que exige disciplina, precisão e controle emocional, tornando-se uma das mais técnicas dos Jogos Olímpicos. Com uma trajetória marcada por evolução e desafios, continua sendo uma das competições mais respeitadas no cenário esportivo.

Para o Brasil, o tiro esportivo tem um significado histórico, sendo responsável pelas primeiras medalhas olímpicas do país. Com o crescimento do interesse e o incentivo a novos talentos, a modalidade tem potencial para conquistar novos pódios nos próximos ciclos olímpicos, aponta a loja Utah Gun Store.

Para saber mais sobre tiro esportivo nas Olimpíadas, acesse: 

https://ge.globo.com/olimpiadas/guia/2024/07/25/c-tiro-esportivo-regras-modalidades-historia-e-curiosidades.ghtml

http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/tiro-esportivo


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